Rigoletto...: VISITA A CAMPO MAIOR

VISITA A CAMPO MAIOR

A nossa visita a Campo Maior foi num dia chuvoso e com muito vento, mas não impediu que tudo tivesse corrido muito bem. A partida foi às 7h e 25m, saímos de ao pé da escola: mesmo com algumas pessoas ainda com sono, foi bastante divertido. A nossa 1ª paragem foi às 8h 25m na área de serviço de Montemor para o pequeno-almoço. Estava previsto a nossa chegada à fábrica Nova Delta às 10h30m e assim aconteceu. Fomos recebidos por uma funcionária, que informou que tínhamos de nos dividir em dois grupos. Um foi visitar a fábrica e o outro foi visitar o museu. Fomos recebidos no museu pela Dr.ª Joana que nos foi informando que este foi inaugurado no dia 21 de Dezembro de 1994 e que era uma ideia antiga do Sr. Comendador Rui Nabeiro, fundador do Delta Cafés. Mostrou-nos e explicou-nos as origens do café e os vários lotes. São três os países com maior produção: Brasil, Colômbia e o Vietname, adquirindo também a empresa café verde a Angola, S.Tomé e Jamaica. Existe três qualidades de café: são eles, Arábica, Libérica e Robusta. Foi- nos informado que o lote Arábica é um café aromático e que o Libérica não tem qualidade, não sendo comercializado pela Nova Delta Cafés. O Robusta é um café aromático e que contem mais cafeína. A planta do café dá-se nos países quentes e húmidos. O seu transporte é feito de barco, e é embalado em sacas de serapilheira. Vimos também os primeiros fornos de torra do café. Também estavam em exposição as primeiras latas onde o café era comercializado, assim como a primeira carrinha que fazia a distribuição do produto acabado por todos os clientes de norte.

Seguiu-se depois a visita à fábrica onde fomos recebidos pela Eng.ª. Elisabete.

Explicou-nos que as sacas do café dão entrada no armazém, são colocadas em paletes (cada uma com 20 a 25 sacas tendo cada saca 60 a 70 kg.) Os cafés são separadas pelos países de origem, analisados e etiquetados. A etiqueta amarela indica que o grão é para ser analisado, a verde informa que o grão não corresponde ao que foi comprado e é para devolver, a cinza informa que o grão está em ordem, para dar início ao processo. As paletes são transportadas por porta paletes manuseado pela mão do homem, que as coloca na máquina. As sacas são transportadas num tapete rolante, que as retalha, enviando o grão para uma máquina de crivar, depois para outra de pressão de ar, que faz a separação, por peso e tamanho, e uma outra de detector de metais. As sacas serão posteriormente recicladas. A fábrica tem três fornos; cada um torra 500kg de café verde, mais três para a torra da chicória, moca e cevada levando cada um 300 kg e mais dois fornos para a torrefacção; é um café que é caramelizado, e que tem a sua comercialização em Espanha. O grão Arábica e o grão Robusta levam 20 a 25 minutos de torrefacção. Vimos a mistura dos dois lotes de café Robusta e Arábica, para serem embalados: São moídos em duas categorias, moagem grossa para uso doméstico e a fina para a restauração. A máquina embala por minuto 50 pacotes de 500g. A Nova Delta Cafés também embala o açúcar em saquetas e rolinho; e os pacotes de paus de canela, são embalados 1000 saquetas por minuto. Desde a primeira palete que entra na máquina, todo o processo é feito por computadores. Com um total de 300 funcionários, a fábrica funciona com dois turnos: das 5h às 13h a das 13h às 21h. Despediram-se de nós com ofertas de lembrança: dois pacotes de café e uma chávena.

Seguimos depois para o restaurante, o Faisão, onde a ementa já pré escolhida foi: sopa de cação, ensopado de borrego e migas à alentejana. A comida não era nada de especial, mas valeu pelo convívio saudável. Dirigimo-nos depois para o autocarro, onde o Sr. António (nosso motorista e óptimo profissional) nos aguardava. Mas não sem antes ficarmos com uma recordação, do jardim de Campo Maior.